5 de mai. de 2012

De novo, (quase) tudo novo

É necessário que se arrume a casa algumas vezes por semana, não se pode deixar acumular quilos de desordem, ou tudo corre risco de desabar. No entanto, eu faço diferente: quero o limite do precipício. Vivo em meio de papéis e almofadas espalhadas, umas roupas na cadeira, umas revistas quase arrumadas embaixo de uma mesinha de canto ou centro, dependendo de como eu colocá-la. Por mais incrível que possa parecer- difícil mesmo de acreditar - eu ainda consigo encontrar tudo de que preciso para sobreviver por tempos sem ter que mexer num  travesseiro mal afofado. Mas chega a hora de realocar tudo outra vez, porque para se viver à beira é preciso menos um passo para frente vez ou outra. Hoje é dia de arrumar, de mudar, de recolorir. Uma vassoura para varrer o que acumulou de alérgica poeira, um copo d`água que preenche qualquer vazio desnecessário, algumas novas etiquetas para os outros tantos papéis que se juntaram e muito lixo para fora. Pronto: o início de um recomeço desses não traçados, afinal, marcar trilha tão bem definida não me parece saudável.